“O Alienista”, Machado de Assis

Por Nayara de Sousa Leite 

Este livro foi escrito por Machado de Assis, um dos maiores escritores do Brasil. O Alienista é um clássico brasileiro que conta a história de um renomado médico respeitado tanto na Europa quanto no Brasil, chamado Dr. Simão Bacamarte que após toda sua trajetória brilhante decide voltar para onde nasceu, Itaguaí, para se aprimorar em sua carreira se dedicando aos estudos sobre psiquiatria. 

Depois de um tempo conhece Dona Evarista que teria aproximadamente a idade de vinte e cinco anos e de acordo com a história não era bonita e nem simpática, mas foi escolhida por ter algumas boas características que gerariam bons filhos, num português claro, apesar desses  “defeitos” citados pelo autor, ela tinha uma boa saúde. Porém, por ironia do destino, Dona Evarista não engravidou.  

Um tempo depois de ter chegado à cidade, Dr. Simão decide construir um manicômio chamado “Casa Verde” com o intuito de abrigar todos os “loucos” ao derredor. E ele consegue,  o local recebe uma enxurrada de pacientes e isso deixa o doutor ainda mais alucinado pelo  trabalho.  

A intenção no começo era hospedar as pessoas que possuíam certo tipo de loucura  diagnosticada, mas ao passar do tempo, Dr. Bacamarte começa a internar qualquer pessoa que ele achava que não era normal e que causava algum tipo de espanto, ou apenas porque alguém não concordava com o que ele queria. O primeiro caso foi o do Costa, por emprestar dinheiro para as pessoas e não tendo coragem de cobrá-las, perdendo assim toda a sua herança. Esse caso deixou toda a população com medo do médico, alias isso não seria um caso de internação comprovado. 

O barbeiro Porfírio, conhecido como “Canjica”, querendo ingressar na carreira política arma  a “Revolta dos Canjicas” e vai com a população até a casa do alienista, mas nada é resolvido.  Então a força armada entra na cidade para controlar a confusão e acaba se juntando aos revoltos. Porfírio agora considerado como político chama o Dr. Bacamarte para uma reunião e no final ao invés de despedi-lo, junta-se ao médico e as internações em Itaguaí só aumentam. Até D. Evarista acaba sendo internada por não  conseguir escolher uma roupa para ir à festa.  

Por conseguinte, 75% da população encontrasse no manicômio. Dr. Simão percebe então que  estava equivocado e liberta todos os internos. No final, o médico percebe que o único anormal na cidade era ele próprio e se tranca sozinho na Casa Verde onde passa o resto da sua vida.  

O livro é uma crítica social onde o comportamento humano e a aparência são sempre questionados mostrando com ironia o egoísmo, a vaidade e a arrogância do homem.

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