Tipos de identificador único do seu trabalho: ISSN, ISBN e DOI

ISSN

O ISSN (International Standard Serial Number), Número Internacional Normalizado para Publicações Seriadas, é o identificador de publicações seriadas aceito internacionalmente. Seu uso é definido pela norma técnica ISO 3297:2007 – Information and documentation – International standard serial number (ISSN).

O ISSN tem a função de identificar o título de uma publicação seriada (ex. jornais, revistas, anuários, etc.) em circulação, futuras (pré-publicações) e encerradas, seja em qual idioma ou suporte se encontrar (impresso, meio eletrónico, CD-ROM, etc.).

O ISSN é o único identificador de padrão internacional e com isso possibilita rapidez, produtividade, qualidade e precisão na identificação e controle de publicação seriada nas mais diversas atividades e instituições (publicadoras e editoras; livrarias, distribuidoras, agências de assinaturas, varejo automatizado, bancas de jornais, Serviço de Depósito Legal; bases de dados; bibliotecas, centros de documentação, sistemas nacionais e internacionais de informação; catálogos coletivos nacionais e regionais; código de barras de leitura ótica; etc.)

No Brasil, o Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT).

Para solicitar o ISSN: http://cbissn.ibict.br/index.php/solicitar-issn/publicacao-eletronica/online

ISBN

O International Standard Book Number, mais conhecido pela sua sigla ISBN, é o Número Padrão Internacional de Livro: um sistema identificador único para livros e publicações não periódicas. Foi criado no Reino Unido, em 1967, pela livraria W H Smith, sendo chamado inicialmente de “Standard Book Numbering” (SBN). Desde então, passou a ser amplamente empregado tanto pelos comerciantes de livros quanto pelas bibliotecas, até que, em 1972, a International Organization for Standardization transformou-o em uma norma padrão internacional: a ISO 2108.

O fundamento do sistema consiste em identificar numericamente um livro segundo seu título, autor, país (ou código de idioma) e a editora, individualizando inclusive edições diferentes.

Uma vez fixada a identificação, ela só se aplica àquela obra e edição, não se repetindo jamais em outra. Utilizado também para identificar software, seu sistema numérico é convertido em código de barras, o que elimina barreiras linguísticas e facilita a sua circulação e comercialização.

A versatilidade deste sistema de registro facilita a interconexão de arquivos e a recuperação e transmissão de dados em sistemas automatizados, razão por que é adotado internacionalmente.

O ISBN simplifica a busca e a atualização bibliográfica, concorrendo para a integração cultural entre os povos.

A partir de 1 de janeiro de 2007, o ISBN passou a ser constituído por treze dígitos, em vez dos dez dígitos. Para diferenciá-los, escreve-se ISBN-10 e ISBN-13.

Um código ISBN com 13 digitos, 978-3-16-148410-0, é representado pelo EAN-13 codigo de barras.


Um código ISBN com 13 digitos, 978-3-16-148410-0, é representado pelo EAN-13 codigo de barras

O sistema ISBN é controlado pela Agência Internacional do ISBN, sediada em Berlim, na Alemanha, que orienta, coordena e delega poderes às Agências Nacionais designadas em cada país.

Agências Nacionais

A principal função de uma agência nacional consiste em atribuir e controlar os números de identificação atribuídos aos livros editados no país.

Desde 1978, a Agência Brasileira é a Fundação Biblioteca Nacional. A correspondente norma de padronização é a NBR ISO 2108, publicada pela ABNT e intitulada Informação e documentação – Número Padrão Internacional de Livro (ISBN).

Saiba mais sobre o ISBN

Publicações que recebem ISBN:  http://www.isbn.bn.br/website/publicacoes-que-recebem-isbn

Publicações que não recebem ISBN: http://www.isbn.bn.br/website/publicacoes-que-nao-recebem-isbn

Tabela de preços da Agência Brasileira de ISBN: http://www.isbn.bn.br/website/tabela-de-precos

Formulário da Agência Brasileira de ISBN: formulário de solicitação

DOI

O DOI (Digital Object Identifier) é um padrão para identificação de documentos em redes de computadores, como a Internet.

Atualmente, cresce a preocupação com a segurança de objetos digitais na Internet. Por isso, foi criado o DOI (Digital Object Identifier), um sistema para localizar e acessar materiais na web – especialmente, publicações em periódicos e obras protegidas por copyright, muitas das quais localizadas em bibliotecas virtuais.

O DOI representa um sistema de identificação numérico para conteúdo digital, como livros, artigos eletrônicos e documentos em geral. Foi desenvolvido recentemente pela Associação de Publicadores Americanos (AAP) com a finalidade de autenticar a base administrativa de conteúdo digital. É concebido como um número, mas não tem um sistema de codificação pré-definido e também não traduz ou analisa esta numeração. O DOI atribui um número único e exclusivo a todo e qualquer material publicado (textos, imagens, etc).

Este número de identificação da obra é composto por duas sequências: (1) um prefixo (ou raiz) que identifica o publicador do documento; (2) um sufixo determinado pelo responsável pela publicação do documento. Por exemplo: 11.1111.1 / ISBN(ou ISSN) O prefixo/raiz DOI é nomeado pela IDF (International DOI Foundation), que garante que cada raiz é única. Os livros ou artigos publicados em periódicos, por exemplo, provavelmente utilizarão como sufixo o número que já consta do ISBN ou ISSN.

Além de ser um mecanismo utilizado para garantir o pagamento de direitos autorais através de um sistema de distribuição de textos digitais, o DOI também é útil para auxiliar a localização e o acesso de materiais na web, facilitando a autenticação de documentos.

Recentemente, os livros começaram a entrar nesse sistema, mas já existem cerca de três milhões de DOI’s em uso, dando referências cruzadas e ativas sobre publicações acadêmicas e profissionais on-line.

No Brasil, a plataforma lattes do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), por exemplo, utiliza o DOI como uma forma de certificação digital das produções bibliográficas registradas pelos pesquisadores em seus currículos lattes. Quando um programa navegador encontra um número DOI, utiliza o prefixo para encontrar o banco de dados da editora e ali acessa as informações relativas ao livro ou ao periódico, que podem incluir dados do catálogo, resenhas e links.

Saiba mais em: Guia do usuário do Digital Object Identifier

22 thoughts on “Tipos de identificador único do seu trabalho: ISSN, ISBN e DOI”

    1. Não sei qual o tipo exatamnet dessa publicação didática, mas você pode solitar o ISBN junto a Biblioteca Nacional, já quem gerencia a numeração para ISSN é o IBICT

  1. Para citação de livros, revistas, periódicos, etc, em dissertações ou teses é obrigatório mencionar o ISSN, ISBN e DOI?

    1. Samara, o DOI não é um registro obrigatório. O DOI é atribuído a um determinado conteúdo por um editor(a) ou instituição responsável que arcará com o custo deste serviço. Além do ISBN obrigatório para livros, ter o DOI pode trazer muitas vantagens ao livro como localização, gestão de direitos autorais, métricas de acesso e de referenciamento e garantem
      acesso ao texto integral, da mesma forma em que se preservam os metadados em
      base de dados. No caso esse livro não tem é precisaria providenciar o pedido ou disponibilizar o livro (PDF) em algum repositório institucional para ter esse registro digital que atualmente oferecem localização segura através do sistema Handle, que é opção alternativa ao DOI (que é pago). O sistema Handle, por sua vez, se restringe a aspectos mais técnicos,
      como a preservação de metadados de localização, mas é um opção.

  2. Prezados

    Estou em dois capítulos de um livro cujo o ISBN é 9786589543749
    Teria como eu saber o “qualis” desse livro?

    Grato

    1. A métrica QUALIS avalia a qualidade dos artigos de periódicos. Os livros, coletâneas, capítulos de não é coberta pelo Qualis. Espero que tenha ajudado!

  3. Uma publicação seriada? anais de congresso anuais tem seu isbn. Neste ano vamps publicar os anais como número especial de uma revista Qualis A4. Pergunta: poderemos trr o isbn E o issn? E o DOI? será único ou serão dois?

    1. Tomé o DOI não é obrigatório, mas se a revista não tiver, é preciso informar outro número: o ISSN. Um artigo publicado numa revista que não tenha DOI nem ISSN não pode ser cadastrado no item Artigos completos publicados em periódicos do Lattes. Deve ser registrado como Texto em jornal ou revista. O DOI é atribuído a um determinado conteúdo por um editor ou instituição responsável que arcará com o custo deste serviço. Assim, providenciar o DOI é papel do editor/instituição responsável que tenha interesse e não dos autores dos artigos.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *