Artigo: Ana, adolescente nota dez? Reflexões sobre a patologização do aprender

Por Letícia Poliana

O artigo, retrata bem sobre diversos assuntos, os principais é sobre a dificuldade da aprendizagem, a medicalização na educação, sobre os transtornos de uma adolescente “Transtorno Opositivo Desafiador (TOD), Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH)”.

Hoje em dia, temos  acesso a informação, a internet e se consegue com mais facilidade o diagnóstico para tais deficiências, transtornos, e  facilitando, em como tratar, agir, educar as crianças, trazendo mais segurança para os pais e a escola, capacitando profissionais para ensinar, e aprender, pois quando se tem uma pessoa, seja ela uma criança ou até mesmo adolescente, com alguma deficiência, dificuldades, da mesma forma que nós educadores estamos ensinando, estamos aprendendo, pois a educação é essencial para ambas as partes, e na relação família – escola.

O trecho do texto que me chamou atenção “ Nesse processo de construção dos objetos de conhecimento, a criança vai contemplar o Outro neste exercício, assim ela irá construir e se construir em seu estilo (KUPFER, 2012). Ou seja, o aluno quando contempla o professor dentro desse processo vai construir e se construir no seu estilo próprio de aprender. É na relação que ele faz com o professor que esse estilo vai sendo gerado e ganhando cada vez mais autenticidade por ser dele e de mais ninguém”. O artigo, ele traz muitas reflexões sobre o estilo de aprendizagem da Ana (Adolescente), e é bem relevante, pois na maioria das escolas, cada professor tem seu método de aprendizagem, e cada aluno o seu estilo, sua forma de aprender, suas opiniões, e nessa parte do texto, ele trata o professor como o objeto principal, pois através dele será transmitido o conhecimento. 

Esse artigo, ele nos faz repensar, pensar positivo, um novo olhar sobre as coisas. 

Portanto, interpretações e intervenções pontuais e descontextualizadas podem ser superadas quando partimos da perspectiva psicanalítica que reconhece não haver como solucionar “totalmente” e “rapidamente” esse mal-estar. O confronto com algo incógnito, o modo pelo qual estamos habituados a compreender o mundo e nos inserirmos nele, pode questionar e transformar o modo como nos situamos nas relações sociais. Nessa perspectiva, o mal-estar pode ser motor de produção e diferença, indo num sentido contrário à “doença” a ser suprimida pela saúde mental, mais do que solucionar os problemas, que possamos reconhecê-los em sua complexidade, sua inteligência, que não se pode subestimar, e sim compreender e ajudar da melhor maneira possível.

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