Perdemos Tatiana Belinky, uma jóia rara

Tatiana

“Tatiana Belinky é joia rara. Da lavra de Niemeyer e outros poucos incansáveis. Sensível, produtiva. Capaz de nos brindar com centenas de livros para um público extremamente desafiador: o infanto-juvenil. Embalou muitas das minhas alegrias de infância! Conhecer a obra de Tatiana fez diferença para mim e sei que para a alma de incontáveis meninos e meninas. Nossa literatura perde uma grande criadora.” (Marta Suplicy, ministra da Cultura)

A escritora Tatiana Belinky morreu na tarde deste sábado (15) aos 94 anos no Hospital Alvorada de São Paulo.

Tatiana é russa, mas chegou ao Brasil com apenas dez anos. Ela escreveu mais de 250 livros e junto com o marido, o educador Julio Gouveia (1914-1988), fez a adaptação para a TV Tupi a primeira versão “O Sítio do Picapau Amarelo” de Monteiro Lobato em 1952.

Antes do “Sítio”, ela e o marido fizeram teatro para crianças na Secretaria de Cultura da Prefeitura de São Paulo. Com o advento da televisão, o grupo de teatro de Tatiana começou a se apresentar na “TV Tupi” com os famosos tele-teatros.

Belinky fez críticas literárias para os jornais “O Estado de S.Paulo”, “Folha de São Paulo” e “Jornal da Tarde”.

Deixamos nosso adeus fechando com uma citação da autora, que parece se adequar bem a qualquer momento:

“Hoje se usa frequentemente a palavra tolerância, mas eu não gosto dela. Acho que tolerar é muito pouco. Nós precisamos mesmo é aceitar o próximo com seus valores, suas ideias, seu universo pessoal. Se apenas o tolerarmos, jamais chegaremos a aceitá-lo.” (Tatiana Belinky)

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