Por Vitor da Hora
O retrato de Dorian Gray é o único romance escrito pelo escritor e dramaturgo britânico Oscar Wilde, publicado inicialmente em formato de folhetim no periódico Lippincott’s Monthly Magazine no ano de 1890, de maneira simultânea na Inglaterra e nos Estados Unidos. Oscar Wilde nasceu em Dublin, na Irlanda, em 1854. Filho de intelectuais, frequentou a Magdalen College, a Trinity Dublin College e a Universidade de Oxford, onde se associou ao movimento esteticista até se mudar para Londres – onde se destacou como dramaturgo e poeta, e tornou-se célebre por seu estilo de vida boêmio e extravagante. Mesmo produzindo peças com bastantes críticas sociais, em um período de intenso conservadorismo, contou com bastante aclamação. Casou-se com Florence Balcombe em 1884, com quem teve dois filhos, contudo Wilde é lembrado como mártir homossexual nas mãos do conservadorismo vitoriano – o autor teve diversos relacionamentos e romances com outros homens, tendo sido denunciado à justiça pelo pai de seu amante Alfred Douglas. Após as condenações e um julgamento amplamente noticiado, que manchou sua reputação, o autor, recluso e tomado por desgosto, faleceu de meningite em 1900.
Dorian Gray narra a história do personagem homônimo: um jovem burguês vitoriano, cuja beleza intriga o artista Basil Hallward, a ponto do mesmo pintar um retrato de Dorian. Por intermédio de Basil, Gray é apresentado ao aristocrata Lord Henry Wotton que o introduz a um estilo de vida hedonista e de luxúria. De personalidade extremamente narcisista, Dorian considera vender sua alma ao diabo em troca do dom de nunca envelhecer, o pacto é realizado, e seu retrato passa a envelhecer no seu lugar – também mostrando sua alma corrompida.
Publicado quando Wilde já era reverenciado por suas peças e poemas, o livro chocou tanto a crítica especializada, que o avaliou com hostilidade, quanto a moralidade vitoriana ao retratar o homoerotismo – a obra foi inclusive usada como prova no derradeiro julgamento ao qual Wilde foi submetido cinco anos depois. Repleta de ironia e deboche, a crítica à hipocrisia da conservadora sociedade vitoriana é uma tônica do romance, assim como da obra de Wilde como um todo – não à toa, no prefácio da obra, o autor escreve que a vida moral do homem é o tema do artista. Tendo sido socialista, sua prisão, inclusive, pode ser considerada não apenas uma condenação à sua sexualidade, mas também uma resposta à ameaça que as suas posições políticas representavam para o status quo. No romance, assim como em outras de suas obras, é demonstrado descontentamento com a burguesia inglesa que, em seu ponto de vista, seria uma elite mesquinha cuja moralidade e conservadorismo culminaram em um senso artístico medíocre e restritivo. Mesmo talvez não sendo a melhor obra de Wilde, mas certamente a mais célebre e ambiciosa – O retrato é um dos clássicos da literatura gótica, além de um documento importante para compreender as relações sociais e os códigos de conduta da Era vitoriana, descrevendo o clima de fin du siécle do ocaso oitocentista na Inglaterra.
Na minha opinião foi muito importante conhecer a historia de Oscar Wilde e sua obra o retrato de Dorian Gray.Gostei de conhecer a cultura da época era conservadorismo ,preconceito.Oscar Wilde por ser homossexual sofreu do pai do seu amante e do amante que o abandona sozinho,um zé bosta futil,vazio e vagabundo.Não sabia quase nada da vida de Oscar Wilde .Valeu a pena responder uma pergunta no facebock m descobri no autoconhecimento sobre o envelhever ai procurando ler para me aprofundar na questão me bato com essa obra literária que é Retrato de Dorian Gray,tão atual na nossa época. Adorei