Documentário: What the Health

Por Matheus Rodrigues

Após a Guerra Fria, a Hegemonia do capitalismo se instaurou sobre nosso planeta, pelo fato dos Estados Unidos da América, o grande exemplo detentor desse sistema, ter “vencido” o confronto. Nesse sentido, percebemos que vivemos numa época onde a cultura deles se estabeleceu , principalmente, na alimentação com seus famosos fast foods, a comida prática e com as necessidades energéticas para o dia a dia de um ser humano para quem está cheio de afazeres e não quer perder tempo cozinhando, e eles acabaram se adequando dos dois lados, para quem quer cozinhar a indústria também se estabeleceu com os alimentos minimamente processados , processados e ultraprocessados, que se disseminaram internacionalmente. Porém, como uma faca de dois gumes, tudo tem um problema e esses alimentos possuem calorias vazias, ou seja são bombas energéticas mas sem nutrientes.

E eu percebo, correlacionando os fatos, que nossa sociedade brasileira entrou nessa onda, pois estes alimentos viciam pelos altos teores de açúcar (carboidrato) que transmitem altos picos de glicose para o nosso corpo, ativando a projeção de recompensa do nosso sistema nervoso, e também pelos altos níveis de sal  (sódio). Desse modo, as pessoas têm mais  doenças de uma maneira geral, como obesidade, diabetes, hipertensão, placas de ateroma. E, creio eu, que o fogo da indústria não é mantido pelo valor ou por falta de conhecimento, mas sim pela necessidade fisiológica que já é enrustida no ser humano, pois já houve estudos provando que a comida saudável sai mais em conta do que os fast foods ou alimentos processados. No caso do conhecimento, pego um exemplo particular, meu avô formado em duas faculdades de saúde (odontologia e medicina), simplesmente morreu devido aos problemas de diabetes, hipertensão e placas de ateroma, infelizmente, mesmo ele tendo estudado e tendo noção dos problemas que esses alimentos traziam, eu me recordo que com meus 8 anos via ele com dezenas de ovos de páscoa (não é uma hipérbole), sempre me pedia cocada quando tinha festa de rua, comia caixas e caixas de bombons, tomava uma cervejinha acompanhando o jogo do Fluzão, e por incrível que pareça fritava em óleo quente suas esfihas já assadas do Habib’s e também sempre me fornecia o famoso “trocado” para comprar meus docinhos. Já que comecei a falar dele, vou fazer um desabafo “que saudade tenho do meu avô! Se eu tivesse a idade certa para conversar com ele e ter impedido de se alimentar daquela forma e o auxiliado numa alimentação segura, eu teria feito quantas vezes fossem necessárias” , porém, lembro que meu pai falava e ele dizia “eu estou feliz fazendo o que gosto e não quero mudar isso”. Entretanto, eu não sei dizer se é egoísmo meu, mas, para mim não compensou ver ele sofrendo em seus últimos momentos. Ficam apenas as memórias do grande homem que ele foi, pois, infelizmente, a maioria da população fica viciada no consumo desses produtos inconscientemente.

E, hoje em dia, eu tento ser o mais saudável possível, não vou ser hipócrita, as vezes, eu como um bolinho, ou como um fast food, mas tudo em suas devidas concentrações e sem exagero, e com a base rígida (como uma pirâmide) da minha alimentação é totalmente voltada ao consumo de macronutrientes e calorias necessárias para o funcionamento diário do meu corpo, e sou feliz, não tenho problema nenhum e não me fazem falta muitos alimentos que na verdade são venenos, como o refrigerante, sorvete, biscoitos industrializados, e os embutidos. Eu tenho uma dieta voltada aos alimentos in natura, como os ovos, frutas, verduras, legumes, e os minimamente processados como carnes, arroz, macarrão, feijão, aveia, sementes, entre outros, eu creio que é algo muito mais ligado ao costume, cultura e padrão de vida atual baseado no sistema, do que uma verdadeira necessidade fisiológica, é só enganação, como eu disse anteriormente, são calorias vazias, você se engana com a energia que aquilo te dá, com a sensação de prazer do açúcar e sódio, e isso pode ser visto até como uma ilusão amorosa haha, você ama aquele chocolate, mas ele não te ama, ele vai te destruir por dentro, brincadeira, só se for ingerido de maneira exacerbada!

Por fim, eu me preocupo muito com a saúde do próximo, tento sempre auxiliar amigos, familiares e conhecidos, já pensei até em seguir o ramo da nutrição, mas, a decisão pela odontologia foi mais incisiva, obtenho algum conhecimento com leituras e vídeos de autoridades científicas, com isso tento pelo menos aplicar isso em mim – essas informações – com a ajuda de profissionais qualificados. Nesse âmbito, eu acredito, que a saúde da população pode melhorar, mas, enquanto essa alimentação for lucrativa para o sistema capitalista e para as multinacionais, vai ser muito difícil, ao meu ver, praticamente impossível acabar com esse maus hábitos alimentares, sendo necessário um contraponto forte de indústrias apoiando a boa alimentação e um corpo saudável, como já vem ocorrendo com a indústria fitness que, talvez, um dia serão tão fortes a ponto de mitigar o problema alimentar da população.

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