“Um Corpo na Biblioteca”, Agatha Christie

Por Caio Eduardo Custodio

Editora L&M Pocket: Janeiro, 2015

“Um Corpo na Biblioteca” é um dos livros mais interessantes de Agatha Christie no que tange ao mistério e às premissas iniciais. A visão de um corpo que parecia da cidade grande (não pertencente ao lugar) em uma biblioteca comum de uma vilazinha parece bizarra o suficiente para começar a ler a obra. Se alguém lesse “Assassinato do Expresso Oriente” ou “E Não Sobrou Nenhum”, da mesma autora, se surpreenderia com as configurações desse livro, uma vez que vários recursos só foram utilizados pela primeira vez aqui ou pelas primeiras vezes aqui, como a divisão de várias cenas e lugares diferentes, diferentemente dos outros dois livros supracitados, igualmente famosos.

A história é iniciada pela descoberta de um corpo de uma mulher bem estranha e não usual na cidadezinha de St. Mary Mead, uma vila fictícia criada pela autora, que abriga muitas de suas obras, como “Assassinato na Casa do Pastor” e “Mistério no Trem Azul”. A famosa Miss Marple, uma detetive amadora da cidade, junto do inspetor de polícia Slack e do chefe de polícia Melchett, se dividem, cada um de seu modo, para investigar a causa e desvendar o mistério por trás da mulher assassinada.

O livro é excepcional no que tange ao romance policial, sendo, na minha opinião, um dos melhores do gênero. O mistério é bem encaixado e as pistas são muito bem escondidas para todos os leitores baterem a cabeça para acharem o suspeito antes que o livro acabe, ocasionando na releitura de descrições e diálogos passados.

Recomendo este livro para quem quiser uma obra que mescle romance policial, aventura e mistério, e personagens marcantes e carismáticos aliados a diversos pontos de vista na resolução dos casos.

Esta resenha faz parte da série Autores da Torre, do Projeto de extensão Torre de Babel, da Biblioteca José de Alencar (Faculdade de Letras/UFRJ) 

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