Por Regina Barbosa
A Última Festa, Livro de Lucy Foley, conta a história de um grupo de amigos que, assim como todos os anos, vão passar o ano novo juntos nas ilhas baixas da Escócia. As únicas pessoas que o grupo espera no lugar são eles e os dois funcionários que trabalham em tempo integral na ilha. Durante a estadia nesse paraíso de inverno, um deles morre e eles não conseguem pedir ajuda, pois uma tempestade de neve na noite anterior bloqueou todas as passagens e locais de saída. A única coisa que eles sabem é que alguém está morto, eles estão presos e um deles matou uma pessoa. A pergunta que ronda a cabeça de todos é: quem é o assassino?
Durante o decorrer do livro vamos conhecendo um pouco quem é quem, e um pouco da personalidade dos amigos. Desde o começo da viagem já percebemos certas desavenças entre uns e outros e qual a dinâmica de cada um naquela amizade. Também é exposto um pouco sobre a vida dos funcionários e os motivos pelo qual eles estão em um lugar tão isolado, já que são tão novos. Ou seja, tudo conspira para que o mistério esteja sempre no ar.
A autora não releva de primeira quem morreu e muito menos quem matou. Então, durante todos os capítulos, vamos criando teorias e descartando pessoas que não podem estar mortas, mas que podem ser assassinas. O livro também fala muito sobre isolamento, e é um cenário muito interessante eles não poderem sair do local que o assassino está, pois tudo está coberto de muita neve.
O mistério que ronda os dois funcionários que trabalham naquela ilha é bem intrigante. Temos um ex fuzileiro naval, que gosta de caçar e sofre de estresse pós traumático e uma antiga médica que poderia estar em qualquer outro lugar, mas estava ali, trabalhando em um lugar longe de todos os seus familiares.
Durante a estadia de todos vamos aos poucos percebendo todos os conflitos e situações que vão acontecendo entre eles, mas o dia 31 é o ápice de toda a discórdia e o dia que todos estavam com os sentimentos mais aflorados. Exatamente por isso, no dia seguinte alguém foi assassinado e eles não sabem quem matou aquela pessoa e o porquê fez isso. A única coisa que eles sabem é que não podem chamar a polícia, pois o serviço de telefone não funciona por conta da tempestade de neve.
A autora brinca muito com os estereótipos dos amigos, temos a amiga popular, a quietinha e todas essas características que rondam grupos de amizade. Porém, nem tudo é o que realmente parece ser e vamos descobrindo lendo os capítulos que muita gente ali guarda muitas mágoas e segredos uns dos outros.
A última festa é um thriller muito bem escrito que consegue te prender até o final para saber todos os mistérios da trama. Todo o ambiente de isolamento e neve faz toda a situação ficar ainda mais intrigante e dar um frio na barriga para saber o que vai acontecer depois, quem matou, quem morreu, os motivos. Um ótimo livro para quem gosta de resolver crimes e mistérios bem desenvolvidos.