O aniversário de 90 anos da Semana de Arte Moderna de 1922, completadas neste mês, está sendo comemorado pelo Brasil, com destaque para São Paulo e Rio de Janeiro.
O Centro Cultural Banco do Brasil promove a primeira exposição individual nos últimos 40 anos no Rio de Janeiro de uma das mais importantes e emblemáticas artistas brasileiras participante da Semana. Tarsila do Amaral – Percurso Afetivo, acontece entre 14 de fevereiro e 29 de abril de 2012, foi pensada a partir da descoberta de seu Diário de Viagens o que permitiu reunir cerca de 80 obras, entre pinturas, desenhos, objetos e até gravuras capazes de traçar um contorno emocional com a “caipirinha vestida por Poiret”, como a chamava Oswald de Andrade e assim não só a obra, como também os traços de uma personalidade marcante da história nacional poderão ser revisitados.
Já em São Paulo, depois da exposição “Oswald: o culpado de tudo”, no Museu da Língua Portuguesa, o Theatro Municipal de São Paulo também revisita as origens do Movimento de 1922, que começou justamente naquele palco, com apresentações de música e dança entre 15 e 26 de fevereiro.
No campo literário, a Companhia das Letras lançou 1922 – A Semana que não terminou, de Marcos Augusto Gonçalves (376 páginas) ocupa a linha do factual e jornalístico, com uma generosa dose de relato histórico.,
Já a Editora Globo relançou Santeiro do mangue e outros poemas de Oswald de Andrade, penúltimo título da obra completa de do autor, o livro contém alguns dos seus mais importantes poemas, como O santeiro do Mangue, Cântico dos cânticos para flauta e violão, O escaravelho de ouro, Poemas menores, Canto do pracinha só, entre outros. O modernista ainda recebeu homenagem na Flip de 2011.
A Semana de Arte Moderna ocorreu entre 13 e 18 de fevereiro de 1922, no Teatro Municipal de São Paulo. Durante toda a mostra, o saguão esteve aberto ao público. Nele, havia obras expostas de artistas como Anita Malfatti, Vicente do Rego Monteiro, Zina Aita, Di Cavalcanti, Vítor Brecheret e outros.
Nas noites dos dias 13, 15 e 17 realizaram-se saraus com leitura de poesias e apresentações de conferências, leituras de poemas, dança e música.