UFRJ em luto: falece o ex-reitor Aloisio Teixeira

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Morreu de infarto na manhã desta segunda-feira (23/7/2012), aos 67 anos, o ex-reitor da UFRJ Aloisio Teixeira. Professor titular do Instituto de Economia, Aloisio dirigiu a universidade entre 2003 e 2011, estando à frente de uma série de conquistas da instituição, como a expansão de cursos e a reserva de 30% das vagas para cotas sociais.

Formado em 1978 pela Faculdade de Ciências Políticas e Econômicas do Rio de Janeiro, Aloisio tornou-se mestre pela UFRJ e doutor pela Universidade Estadual de Campinas. Na UFRJ, també m era professor do Programa de Pós-Graduação em História das Ciências e das Técnicas e Epistemologia/HCTE.

Durante os oito anos em que esteve à frente da universidade, Aloisio dedicou-se ao fortalecimento dos órgãos colegiados da UFRJ e à universalização do acesso ao Ensino Superior. Enfrentou debates importantes, que permitiram que a universidade pudesse se engajar num substantivo Plano de Reestruturação e Expansão, baseada num Plano Diretor atualizado e modernizante.

Com formação humanista, Aloisio Teixeira afirmava que as Ciências Humanas deveriam ter centralidade no processo de reestruturação da Universidade, instituição indispensável para a construção de um projeto nacional sólido para a nação. Em sua trajetória como economista e administrador público, antes de ocupar o posto de reitor, foi diretor de Planejamento da Finep (1985 e 1986), secretário de Preços Industriais do Conselho Interministerial de Preços no Ministério da Fazenda (1986), superintendente da Sunab (1986 e 1987), secretário de Planejamento da Prefeitura do Rio de Janeiro (1987), secretário-geral do Ministério da Previdência e Assistência Social (1987-1988) e diretor de Administração da Embratel (1993 a 1995).

“Aloisio nos ajudou de muitas maneiras a repensar o Brasil e a buscar caminhos para transformar o país em uma sociedade menos injusta. Imprimiu à UFRJ a marca do diálogo, da preocupação com o acesso universal ao Ensino Superior e, sobretudo, da reflexão. Foi, antes de tudo, um educador. Um educador obstinado e em tempo integral. Ficam seus exemplos, seus ensinamentos, suas convicções. Hoje, o Brasil acordou triste, a UFRJ amanheceu menor. O país perde um grande brasileiro”, disse, em nota, o atual reitor da universidade, Carlos Levi.

A presidente Dilma Rousseff emitiu a seguinte nota de pesar pelo falecimento do educador : “Hoje, a educação brasileira perdeu um de seus importantes pensadores e colaboradores, o professor Aloísio Teixeira. Um brasileiro que abraçou a educação como grande instrumento de transformação da sociedade e fez do exercício de educar um compromisso de vida, como mostrou seu trabalho à da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Lamento profundamente sua morte e associo o meu pesar ao dos seus familiares, colegas e alunos”, disse a presidente na nota.

A universidade decretou luto oficial de três dias.

O corpo de Aloisio Teixeira será velado até as 18h desta segunda-feira, no átrio do Fórum de Ciência e Cultura, no Palácio Universitário do campus Praia Vermelha da UFRJ (Av. Pasteur, 250, Urca). A cerimônia de cremação será amanhã.

NOTA OFICIAL

É com profundo pesar que comunicamos o falecimento, na manhã desta segunda-feira, do ex-reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro Aloisio Teixeira. À frente da universidade entre 2003 e 2011, o professor Aloisio imprimiu à UFRJ a marca do diálogo, da preocupação com o acesso universal ao Ensino Superior e, sobretudo, da reflexão – características de sua longa trajetória na administração pública e no ensino. Para ele, as Ciências Humanas e Sociais deveriam ter centralidade no processo de reestruturação da Universidade, instituição indispensável para a construção de um projeto nacional sólido para a nação.

Aloisio nos ajudou de muitas maneiras a repensar o Brasil e a buscar caminhos para transformar o país em uma sociedade menos injusta. Foi, antes de tudo, um educador. Um educador obstinado e em tempo integral. Ficam seus exemplos, seus ensinamentos, suas convicções. Hoje, o Brasil acordou triste, a UFRJ amanheceu menor. O país perde um grande brasileiro.

Carlos Levi Reitor da UFRJ

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