Por Fernanda Borba
“Ensinando a Transgredir: A Educação como Prática da Liberdade” é uma obra inspiradora e revolucionária escrita por Bell Hooks, uma renomada autora feminista e educadora. Neste livro, Hooks mergulha fundo na pedagogia e na educação, desafiando as convenções tradicionais e propondo uma abordagem mais emancipadora e libertadora da aprendizagem.
O livro começa com um chamado apaixonado para uma educação que transcende os limites das salas de aula convencionais e se torna uma jornada de descoberta e empoderamento para os alunos. Hooks argumenta que a educação não deve ser um ato de domínio do conhecimento pelo professor, mas sim uma experiência compartilhada de diálogo e descoberta. Uma das ideias centrais do livro é a importância de desafiar as hierarquias de poder na educação, dando voz aos alunos e permitindo que eles participem ativamente do processo de aprendizagem. Hooks enfatiza que a educação deve ser uma prática da liberdade, onde os alunos são encorajados a questionar, desafiar o status quo e se tornarem agentes de mudança em suas próprias vidas e na sociedade.
A autora também aborda questões de raça, gênero e classe na educação, destacando a importância de reconhecer e combater o preconceito e a opressão nas instituições educacionais. Ela enfatiza a necessidade de uma educação inclusiva que valorize todas as identidades e experiências.
“Ensinando a Transgredir” é uma leitura essencial para educadores, estudantes e todos que se preocupam com o futuro da educação. A obra desafia os paradigmas tradicionais e oferece uma visão ousada e inspiradora de como a educação pode ser transformadora e libertadora. Bell Hooks nos lembra que a educação não deve ser uma prisão de conformidade, mas sim uma celebração da liberdade de pensamento e da busca pelo conhecimento. É um livro que incita à reflexão e à ação, que continua sendo uma referência importante para a pedagogia crítica e a busca por uma educação mais justa e igualitária.
Esta resenha faz parte da série Autores da Torre, do Projeto de extensão Torre de Babel, da Biblioteca José de Alencar (Faculdade de Letras/UFRJ)