Por Sarha Souza
O livro denominado “Drácula” é um romance gótico escrito por Bram Stoker, em 1897. Que narra a história do personagem de mesmo nome que, por meio de negócios, cruza seu caminho com o de Jonathan Harker, que viaja para a Transilvânia a fim de realizar a venda de um terreno em que Drácula mantinha interesse. Harker se encanta com tamanha gentileza e hospitalidade de seu anfitrião, enquanto está hospedado em sua casa; até que resolvesse toda a papelada do terreno em questão.
No entanto, ao longo dos dias, Jonathan começa a perceber coisas estranhas envolvendo Drácula e seu castelo acontecerem, como vozes desconhecidas nos corredores da propriedade que aparecem e desaparecem, salas suspeitamente trancadas; meses após meses, e o fato de nunca ver Drácula se alimentar… Os meses passavam e, a essa altura, Jonathan se via encurralado, precisava fugir do castelo quanto antes, temendo que o pior lhe acontecesse. Ele sabia que permanecer onde estava poderia resultar em sua morte. Sua tentativa de fuga foi bem-sucedida, porém custou-lhe caro, deixando-o gravemente ferido.
Drácula atormentara Lucy Westenra, amiga de Mina (noiva de Jonathan), durante semanas, até que a causa de seu sofrimento fora, enfim, descoberta por Van Helsing. Mas muito não pôde ser feito; ele a transformara em vampira. Um fato interessante é a realização de transfusão de sangue que Helsing realizara na personagem, pois na época em que o livro foi escrito, a Europa experienciava as primeiras transfusões como tratamento médico, o que Stoker sabia devido a seus dois irmãos serem médicos.
O livro é composto por cartas, diários e transcrições de entrevistas escritos pelos personagens, o que nos permite desfrutar de suas emoções e pensamentos. Desse modo, podemos sentir de perto a tensão, por exemplo, de quando Jonathan percebe-se como prisioneiro de Drácula, ou como Mina se sente em relação a tudo que acontece com a amiga ao longo do livro.
A escrita de Stoker desliza pelas páginas, o que permite que a leitura flua, envolventemente, a cada parágrafo. O conto consegue cativar o leitor e, até hoje, já influenciou milhares de outros contos vampirescos como “Entrevista com Vampiro” (1976), “Crepúsculo” (2008) e “Hotel Transilvânia” (2012), dentre outros.
Esta resenha faz parte da série Autores da Torre, do Projeto de extensão Torre de Babel, da Biblioteca José de Alencar (Faculdade de Letras/UFRJ)