Curiosidades e histórias pouco conhecidas do universo da literatura brasileira

Curiosidades e histórias pouco conhecidas do universo da literatura brasileira foram descobertas pelo jornalista e pesquisador Marcel Verrumo, que lança em maio de 2017 o livro História Bizarra da Literatura Brasileira (Editora Planeta do Brasil).

A publicação percorre mais de 500 anos de escrita no Brasil e traz à tona histórias como o roubo da carta de Pero Vaz de Caminha; o escritor modernista que, quando prefeito, multou o próprio pai; e o famoso literato que foi chefe da Delegação Brasileira de Futebol.

O que acharam? Gostariam que tivesse esse livro em nossa biblioteca?

SOBRE O AUTOR:
Marcel Verrumo é mestre em Comunicação pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. Seus conteúdos foram publicados pelas revistas Superinteressante, Aventuras na História, Minha Casa, Bons Fluidos, Mundo Estranho, entre outras.

Algumas das curiosidades literárias:

1. JORGE AMADO: nunca na história política do Brasil um escritor foi tão perseguido pela polícia quanto Jorge Amado. Ele foi preso na década de 1940, acusado de participar de um levante comunista contra o Governo de Getúlio Vargas. Ficou na mesma cela que o historiador Caio Prado Jr. (1907-1990). Era a mesma onde o escritor Monteiro Lobato já havia estado.

2. JOSÉ DE ALENCAR: o apelido de infância do escritor era Cazuza. Sua peça teatral “As asas” estreou em 1858. Três dias depois, foi vetada pela censura por ser considerada imoral: contava a história de uma prostituta que se regenerara por amor. Foi o primeiro escritor brasileiro a desenvolver o gênero literário do romance.

3. MÁRIO DE ANDRADE: ao longo da vida, correspondeu-se com cerca de 1.100 pessoas. Na literatura, trocou cartas com Carlos Drummond de Andrade, Manuel Bandeira, Oswald de Andrade e Cecília Meirelles. Na música, com Villa-Lobos, Camargo Guarnieri, Francisco Mignone, Souza Lima. Na pintura, com Anita Malfatti, Lasar Segall, Tarsila do Amaral. Metódico e organizado, o escritor arquivou 7 mil cartas em pastas e, em seu testamento, determinou que elas só poderiam ser abertas no ano do cinquentenário da sua morte. O cofre foi aberto em janeiro de 1995.

4. MILLÔR FERNANDES: Milton Viola Fernandes nasceu no dia 16 de agosto de 1923, no Méier, subúrbio do Rio de Janeiro. Só foi registrado no ano seguinte, tendo como data oficial de nascimento 27 de maio de 1924. Em sua certidão de nascimento, grafada à mão, parecia que seu nome era Millôr, e não Milton. Daí o apelido.

5. MONTEIRO LOBATO: aos 11 anos, resolveu trocar de nome. De José Renato Monteiro Lobato, ele passou a se chamar José Bento Monteiro Lobato. Fez isso para usar uma bengala de seu pai que tinha as iniciais J.B.M.L. gravadas.

6. OSWALD DE ANDRADE: teve cinco esposas. A primeira a assumir oficialmente o posto foi Maria de Lourdes Olzani, a Deisi. Os dois se casaram em 1917. Depois, subiu ao altar em 1926 com a pintora Tarsila do Amaral. Para poder se casar com Tarsila, o escritor foi até Roma participar de uma audiência com o Papa, solicitando a anulação do primeiro matrimônio dela. O escritor Mário de Andrade chamava o casal de “Tarsiwald”. O casal ficou junto até 1929. O motivo da separação foi o romance de Oswald com a escritora comunista Patrícia Galvão (Pagu), que se tornou sua terceira esposa em 1930.

7. RACHEL DE QUEIROZ: foi a primeira mulher a ingressar para a Academia Brasileira de Letras. Ela foi eleita em 4 de agosto de 1977 e tomou posse em 4 de novembro do mesmo ano. Rachel de Queiroz escreveu o livro “O Quinze” escondida dos pais, na adolescência. Ela tinha problemas pulmonares e a mãe mandava que fosse dormir cedo. Quando todos da casa já haviam deitado, Rachel ia para a sala com o caderno do colégio e um lápis. Ficava deitada no chão, escrevendo sob a luz de um lampião.

Fonte: CulturaFM RadioMetrópolis

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